Ribeirão Preto – O ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho, afastou-se, por dois anos, com prejuízo dos vencimentos, do cargo de médico da Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. "Ele usou do benefício que está previsto na lei do funcionário público estadual", disse o diretor da Direção Regional de Saúde (DIR-18), Paulo Saquy. O pedido de afastamento de Palocci, segundo Saquy, foi publicado no Diário Oficial do Estado na última quinta-feira, 6 de abril.
O afastamento ainda é prorrogável. Palocci, que deixará de receber o salário líquido de R$ 3,1 mil, é concursado pelo Estado desde 1986, mas, com os diversos cargos públicos ocupados e até com os períodos de campanhas eleitorais, pouco tempo atuou como sanitarista.
O primeiro afastamento do ex-ministro da Fazenda ocorreu em 1988 durante sua campanha para vereador. Foi eleito e deixou a Vigilância Sanitária no ano seguinte. Em 1990, elegeu-se deputado estadual. Foi eleito prefeito, pela primeira vez, em 1992. Ficou sem cargo público entre 1997 e 1998, mas, nesse período, segundo Saquy, Palocci aproveitou as férias vencidas e licenças-prêmios para continuar afastado.
Em 1998, foi candidato a deputado federal e elegeu-se novamente, para em 2000 ser eleito prefeito de Ribeirão Preto pela segunda vez. Saiu desse cargo em agosto de 2002 para coordenar a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e no final daquele ano renunciou para ser ministro, função da qual foi demitido em 27 de março após seu nome ser envolvido na quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.