Palmeiras vence Santos e acaba com jejum de vitórias

Alexandre Gallo, técnico do Santos, deu uma força ao colega palmeirense, Paulo
Bonamigo, ameaçado de perder o emprego em caso de novo tropeço, hoje. Poupou
Robinho, Ricardinho, Léo, entre outros, e facilitou bastante a vida do
Palmeiras, que venceu o clássico por 2 a 1 e aliviou um pouco a crise no Parque
Antártica. O triunfo contra o rival Santos diminui a tensão na equipe e põe fim
ao jejum de seis jogos sem vitória.

O resultado positivo não impedirá a
lista de dispensas, que deverá afastar do clube pelo menos cinco jogadores
amanhã, nem colocará o Palmeiras, com 7 pontos em seis rodadas, entre os
primeiros colocados do Campeonato Brasileiro. Mas evita que o clima fique ainda
pior. Parte da torcida fez protesto no Centro de Treinamento, ontem, e recebeu o
time com ovadas no estádio, hoje.

Agora, serão duas semanas de descanso e
treinamento. A equipe voltará a campo apenas no dia 11, contra o Goiás, em
Goiânia. "Conseguimos a reabilitação, mas uma vitória só não basta", declarou o
meia Juninho Paulista. "Nosso objetivo, agora, é alcançar uma seqüência de bons
resultados."

Nas arquibancadas, houve equilíbrio. Os santistas,
entusiasmados com a boa fase do time e ansiosos por ver o astro Robinho em ação,
ocuparam boa parte do estádio, que recebeu mais de 11 mil pagantes.
Frustraram-se, no entanto, ao saber que Robinho não participaria do clássico.
Gallo preferiu deixá-lo fora para utilizá-lo em melhores condições na
quarta-feira, contra o Atlético-PR, em Curitiba, pela Taça Libertadores. De
acordo com a diretoria santista, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai
liberá-lo da apresentação da seleção terça-feiura. O mesmo deverá ocorrer com
Ricardinho, afirmou o presidente Marcelo Teixeira. Léo, Ávalos e Deivid também
foram poupados. Com a derrota, o Santos (12 pontos), deixa a liderança da
competição nacional.

O Palmeiras aproveitou bem a ausência dos principais
atletas do adversário e, mesmo sem uma exibição de gala, chegou à vitória com
certa tranqüilidade. O ataque desencantou. Nos últimos seis jogos, havia marcado
apenas um gol – em cobrança de pênalti, contra o Paraná. O autor do primeiro gol
da partida foi Gioino, argentino recém-contratado da Universidad de Chile. O
atacante aproveitou falha da zaga santista e tocou com categoria na saída de
Mauro.

O confronto, de baixo nível técnico, proporcionou poucos lances de
emoção ao público. Um deles ocorreu em cobrança de falta de Luciano Henrique,
bem defendida por Marcos. O Santos melhorou com a entrada do habilidoso Danilo
no lugar de Bóvio, mas não chegava a assustar tanto os donos da casa.

O
panorama do clássico quase não mudou na segunda etapa. Duas equipes limitadas
buscavam o gol, na base da determinação. Os lances de efeito, daqueles que
levantam o torcedor, foram raros. O meia Marcinho, ex-São Caetano, principal
reforço do clube de Parque Antártica para a temporada e um dos que poderiam
fazer a diferença na partida, apareceu pouco mais uma vez.

O Palmeiras
ampliou a vantagem, em cabeçada de Daniel, após cruzamento de Marcinho. E chegou
a fazer o terceiro, por meio de Ricardinho, mas o juiz Wilson Luiz Seneme
invalidou-o, alegando impedimento – a jogada foi duvidosa. No fim, Basílio
diminuiu para o Santos, em cobrança de pênalti, mas não evitou a segunda derrota
da equipe do litoral no Brasileiro.

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