Marcos voltou a jogar como São Marcos e o Palmeiras voltou a vencer como time
grande. O goleiro justificou o rótulo de um dos principais nomes da história do
clube e liderou a equipe no triunfo por 3 a 1 sobre o até então favorito Santos,
atual campeão nacional. Mais do que isso: parou a maior estrela do futebol
brasileiro da atualidade. Fez três grandes defesas e impediu que Robinho
deixasse sua marca no Parque Antártica. "Nosso time jogou com confiança, correu,
mostrou motivação", festejou o melhor jogador do clássico. "Eu também fico
empolgado e cresço no campo ao ver o time lutando." Marcos, além de ter
garantido a segunda vitória consecutiva do Palmeiras na competição, ajudou
bastante o São Paulo. O time do Morumbi, líder do Campeonato Paulista, empatou
com o Paulista por 2 a 2, em Jundiaí, chegou a 29 pontos e abriu 5 de vantagem
sobre o Santos, o principal concorrente na briga pelo título. O Mogi Mirim, com
25, ocupa o 2º lugar, mas não é considerado, entre os são-paulinos, uma ameaça.
O Palmeiras foi a 17, porém está praticamente fora da luta pela primeira
colocação.

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Pedrinho, recuperado de contusão, também viveu uma tarde
inspirada. Vestiu a camisa alviverde pela primeira vez em 2005, ao entrar no
segundo tempo no lugar de Osmar, e foi decisivo. Marcou dois gols, chorou e
comemorou como em poucas vezes na carreira. "Valeu o esforço, passei por
momentos de emoção, houve o nascimento do meu filho, tive problemas
particulares, com meus pais… Não poderia ter sido melhor."

Só não se
pode dizer que o domingo foi de completa alegria para os palmeirenses, porque,
antes da partida, torcedores das duas maiores uniformizadas do clube, Mancha
Verde e TUP, brigaram fora do estádio. O saldo: vários feridos, dois
hospitalizados e 62 detidos.

O resultado negativo deixa Oswaldo de
Oliveira em perigo. O técnico santista não vem agradando a torcedores e
dirigentes e, neste domingo, não foi feliz nas substituições e na armação da
equipe. Deixou muito espaço para que o Palmeiras explorasse os contra-ataques e
fizesse os gols. Na quinta-feira, o Santos já havia jogado mal diante do
Danubio, pela Libertadores, apesar da vitória por 3 a 2.

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O clássico do
Parque Antártica expôs dois times em situações opostas. O Santos, com Robinho,
Ricardinho, Deivid e Léo, tem elenco de alto nível. O Palmeiras, com jogadores
pouco badalados, vem oscilando demais e ainda tenta se acertar neste início de
temporada.

O público foi bom: cerca de 18 mil pessoas. E quem foi ao
Parque Antártica não se decepcionou. O jogo foi emocionante, com ótimos lances e
oportunidades de gol dos dois lados. O Santos atacou mais no início, mas foi
infeliz nas finalizações, principalmente com Deivid, que teve atuação fraca.
Ricardinho quase abriu o placar em cobrança de falta, mas Marcos salvou. Pouco
antes do intervalo, Daniel, de cabeça, fez 1 a 0 para o Palmeiras.

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Na
segunda etapa, o Santos empatou com Ricardinho, em cobrança de pênalti
inexistente, tentou passar à frente no placar, mas parou no brilhante desempenho
de Marcos e logo voltou a ficar em desvantagem. O meia Pedrinho, recuperado de
contusão, estreou no ano, ao entrar no lugar de Osmar, e foi decisivo. Marcou
dois bonitos gols e assegurou o triunfo palmeirense.