O tamanho do campo, o tipo da grama, a pressão de "torcedores babacas" e o "medo de vencer" são os problemas apontados por Caio Júnior, Marcos e pelo restante do elenco para explicar os seguidos fracassos do Palmeiras no Palestra Itália. Já são 43 dias sem vitória em casa – foram três empates e uma derrota nesse período. E o próximo jogo também será no Palestra: contra o Juventus, domingo, às 16 horas. Um novo tropeço praticamente tira o Palmeiras da luta pela classificação para as semifinais do Campeonato Paulista

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"O problema em casa continua. Temos dificuldade em jogar aqui. Precisamos reverter logo essa situação", diz Caio Júnior, que admite: "Nossos melhores jogos foram fora de casa.

O treinador vê um "negativismo" na atmosfera do Palestra Itália. "Os jogadores já entram pressionados." O jejum de sete anos sem título importante e a cobrança da torcida seriam a causa disso. "Desde que cheguei aqui, em janeiro, estou trabalhando essa questão com os jogadores. É psicológico", aponta Caio.

A pressão é tão forte que o próprio técnico, normalmente um poço de serenidade, se estressou após a derrota por 2 a 1 para o Noroeste, ontem. Caio Júnior chamou de "babacas" os torcedores que ficam hostilizando ele e os jogadores, atrás do banco de reservas, no setor das numeradas – a chamada Turma do Amendoim. "Sempre tem um babaca ou outro ali tentando prejudicar. Talvez até seja torcedor de outro time", disse Caio Júnior. "Parece-me até que identificaram um (não palmeirense) e o tiraram dali.

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Até Marcos foi alvo de críticas isoladas da torcida. Para o camisa 1, porém, o maior problema no Palestra Itália é outro: o tamanho do gramado. "Vou pedir para os dirigentes alargarem o campo. Quando um time vem fechadinho, não tem como a gente trabalhar a bola. Isso não acontece no Morumbi, por exemplo", disse Marcos, citando o estádio do rival São Paulo.

O gramado do Palestra Itália mede 105m x 71,5m. Já o do São Paulo tem 108,25 x 72,7m. Vale lembrar que, há dois anos, a diretoria palmeirense já aumentou em quase dois metros a largura do campo. Pelo jeito, não adiantou muito, na opinião de Marcos. "Mas o problema não é esse", discorda Caio Júnior. "E nem teríamos mais como alargar o gramado. Não haveria espaço para os bancos de reservas.

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O que o treinador gostaria de mudar é a grama. "Treinamos no CT com um tipo de grama que deixa a bola rolar mais rápido. No Palestra, ela prende mais.