Enquanto espera pela venda de Nen, Marcinho Guerreiro, Marcinho e Enílton para que o Palmeiras possa enfim ganhar uma receita para contratações, o técnico Jair Picerni se vira como pode. Amanhã, indica uma espécie de ‘pré-lista’ daqueles que ficarão no clube em 2007.
De um universo de 53 atletas, Picerni já avisou que ficará com cerca de 26 – deixando ‘espaço’ para a chegada de mais quatro reforços. E muitos desses 26 serão das equipes de base. Por dois motivos: 1) Não há dinheiro para bancar salários altos como os de Juninho Paulista – que não terá o contrato renovado; 2) Há o consenso de que o clube precisa voltar a apostar em pratas da casa, e não em contratações duvidosas, que podem se tornar verdadeiros micos
Um exemplo está na lateral direita. Em dezembro passado, conselheiros faziam coro para que Ilsinho fosse promovido dos juniores, mas o então técnico Emerson Leão, que nunca havia visto um jogo de Ilsinho (ou de qualquer outro da base), indicou a contratação de Amaral, do Fortaleza. Mesmo depois de um ano o novo contratado ainda não mostrou serviço. E Ilsinho já pulou o muro faz tempo – foi jogar no São Paulo e se tornou um dos destaques da temporada.
"A base vai mudar", diz Jair Picerni. "Já fiquei sabendo que muitas mudanças vão acontecer. Um clube como o Palmeiras não pode mais ficar perdendo jogadores", emenda o técnico.
A maior mudança, segundo Picerni, estará no time B, que disputa a Série A-2 do Campeonato Paulista. "Não vai ser mais um depósito de jogadores encostados, mas um time para revelar atletas", diz Picerni. "Voltei depois de três anos e vi muitos jogadores aqui que estão desde aquela época (no B). É gente que já está com mais de 24. Isso não pode acontecer", completa Jair.