A crise também desembarcou sem cerimônia no ambiente restrito em que se movimentam os intelectuais da pátria amada. É sintomática a ocorrência de um ciclo de palestras organizado pelo conhecido agitador cultural Adauto Novaes, com sessões alternadas até a primeira semana de outubro, em Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo – com patrocínio da Petrobras. O ciclo denomina-se ?O silêncio dos intelectuais?.

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Um dos pensadores em evidência no País é o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, não convidado para o evento que, entretanto, terá a participação de Marilena Chauí (já falou no Rio e São Paulo), Francisco Oliveira, Marcelo Coelho, Fernando Haddad, Renato Janine Ribeiro, Sérgio Paulo Rouanet e José Miguel Wisnik.

Wanderley, que é professor do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) e colunista semanal do jornal Valor Econômico, balançou o coreto ao sustentar que ?o novo lacerdismo mudou-se para São Paulo?, onde preparou um ?golpe branco? para derrubar o governo. Mas, o pessoal do moderno Clube da Lanterna perdeu a hora.

Sobre o comportamento da intelectualidade, frisou que a maior parte dos que se manifestaram sobre a crise ?foi de uma pobreza franciscana?. O que está em voga, na avaliação de Wanderley, é o senso comum que torna omissos, sem a menor influência ou qualquer repercussão, os pensadores da política brasileira.

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O conflito instalado no governo e sua ramificação partidária representa uma luta de poder, disse Wanderley à Folha de S. Paulo, mediante a ?utilização de um bolsão de corrupção como arma para atacar o governo?.

Só faltou dizer qual é a mente perversa que dita as palavras de ordem.

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