Apenas metade da população dos países pobres tem acesso ao saneamento básico. O problema está diminuindo – em 1990, o índice da população com acesso a rede de esgoto era de 35% -, mas o mundo ainda está longe da meta de 68% estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2015
"É muito provável que os países do mundo em desenvolvimento não alcancem esse objetivo", lamenta a ONU em seu relatório Metas de Desenvolvimento do Milênio 2006, divulgado ontem em Genebra, Suíça
As metas de desenvolvimento do milênio são um ambicioso compromisso firmado em 2000 por 189 países com o objetivo de reduzir ao máximo, até 2015, os principais problemas do planeta. As metas envolvem oito áreas: pobreza, educação, igualdade entre homens e mulheres, mortalidade infantil, saúde materna, combate a doenças como aids e malária, meio ambiente e desenvolvimento econômico
O saneamento básico é um dos vários itens que compõem a meta do meio ambiente. Nenhuma das regiões pobres do mundo ainda alcançou seus respectivos objetivos (veja quadro ao lado). Os países onde a situação é mais crítica estão na África ao sul do Saara (que tem 37% da população com acesso a saneamento enquanto a meta é de 66%) e no sul da Ásia (38% da população atendida e meta de 60%)
A situação da América Latina não está entre as piores: 77% da população tem acesso a rede de esgoto (esse é o conceito da ONU para saneamento básico). A meta que precisa ser alcançada até 2015 é de 84%