Dois anos depois de uma série de ondas gigantes desencadeadas por um forte terremoto ter devastado a costa de diversos países, aldeões indonésios preparavam-se para futuros desastres. Milhares de pessoas participaram hoje de uma simulação de desalojamento. Em outros países afetados pelo tsunami na bacia do Oceano Índico, sobreviventes e visitantes participavam de cerimônias religiosas, acendiam velas nas praias e ouviam respeitosamente os sinos dos templos soando no horário no qual as gigantescas ondas atingiram a costa.

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"Nós esperamos que isso faça parte do processo de cura daqueles que perderam entes queridos", disse Chamroen Tankasem, um funcionário público no sul da Tailândia, um paraíso tropical transformado num cemitério em uma questão de minutos. "Isso também nos ajuda a lembrar o que aconteceu, o que aprendemos com tudo isso, além do que precisa ser feito pelos sobreviventes", prosseguiu ele.

Em 26 de dezembro de 2004, um terremoto de 9 graus na escala Richter ocorrido no leito submarino, perto da costa da ilha indonésia de Sumatra, desencadeou uma série de ondas gigantes que viajaram a centenas de quilômetros por hora e mataram aproximadamente 230.000 pessoas em mais de dez países, algumas delas na África, a milhares de quilômetros do epicentro do terremoto.

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