São Paulo – A maioria dos produtos importados do Brasil pelos países árabes ainda é do agronegócio, mas a pauta está sendo ampliada e diversificada, segundo informou nesta quarta-feira (8) à Agência Brasil o presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Antônio Sarkis. ?Os principais produtos [exportados para os países árabes] ainda são do agronegócio: açúcar, carne bovina e de frango e soja. Saindo do agronegócio, ainda temos minério de ferro?. Ele disse o Brasil ainda tem potencial para crescer como vendedor para os países árabes.

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Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Egito é o nosso oitavo maior comprador de minério de ferro, a principal mercadoria brasileira exportada este ano. O país importou quase US$ 200 milhões em minério de ferro, 22,27% a mais que no mesmo período do ano passado.

Outro produto brasileiro que merece destaque na região é o açúcar de cana bruto, o quinto produto mais exportado. Dos dez maiores compradores, seis são árabes, que somam quase US$ 900 milhões em compras em 2006, mais de um terço do total das exportações deste produto. Merece destaque ainda a exportação inédita de aviões, nosso sexto produto mais exportado em valor para Arábia Saudita (segundo comprador da região) e Emirados Árabes Unidos (o nono).

Em comunicado à imprensa, o presidente da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Juan Quirós, destaca o potencial do mercado árabe para as empresas do setor de construção, em razão dos países que passam por uma fase de reconstrução de pós-guerra, como Iraque e Líbano. Apesar da demanda, os exportadores brasileiros encontram dificuldades para entregar as mercadorias em zonas em conflito, devido à ação de armadores que cobram ?pedágio? ilegal.

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Segundo a Apex, a Arábia Saudita figura entre os 15 principais importadores mundiais do setor de rochas para construção civil. Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Barein e Catar, são outros exemplos de mercados com demanda crescente de rochas, que supera 1 milhão de toneladas/ano.

No final de outubro passado, 30 empresas brasileiras participaram da Big 5 (Big Five), a maior feira de construção dos Emirados Árabes, que gerou ao Brasil US$ 19 milhões em negócios. A construção civil nos países do Conselho de Cooperação do Golfo cresce em média 11,6% por ano e tem previsão de girar US$ 3,6 bilhões em 2006, atingindo US$ 5 bilhões até 2009, de acordo com a Apex.

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