"Reduzir a inflação é um desejo da sociedade e o governo está aberto a discutir
as metas, mas não há disposição de alterar o patamar previsto para o próximo
ano, que foi fixado em meados do ano passado", informou o ministro da Fazenda,
Antonio Palocci, em entrevista coletiva. Ele acrescentou que o presidente da
Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, defendeu
que essas metas fossem aplamente debatidas e disse: "Temos toda a disposição de
fazer esse debate".
De acordo com Palocci, "as metas de inflação não são
do Ministério da Fazenda, mas do país". E o país, afirmou, "não aceita que o
governo negliencie o combate à inflação, pois ela já mostrou no passado seus
prejuízos às pessoas e ao crescimento econômico". O ministro explicou: "Vocês
sabem que sou da tese de que um pouco mais de inflação significa um pouco menos
de renda para as famílias, um pouco mais de conturbação no processo econômico,
por isso o governo trabalha dentro dessa visão".
Palocci lembrou ainda
que "o esforço contra a inflação não deve ser só do ministro da Fazenda, tem que
ser de toda a sociedade, para que dê certo".
