País já tem cultura exportadora, diz secretário

A diversificação da pauta de produtos e do destino das vendas externas do País é o principal motivo apontado pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, para os sucessivos crescimentos das exportações. Ele sublinhou que, somente em 2004, 1.000 empresas passaram a exportar no Brasil e 600 produtos foram agregados à pauta. Outro motivo apontado por Ramalho para o incremento das vendas externas é a criação de uma cultura exportadora no País. Segundo ele, todos os Estados estão aumentando as exportações em 2005, ano em que o País deverá vender US$ 112 bilhões, segundo as últimas projeções do governo.

Ramalho, que participou de seminário de comércio exterior no Rio, disse discordar da avaliação feita pela presidente da Associação do Comércio Exterior do Brasil (AEB), Benedicto Fonseca Moreira, de que o aumento das exportações é conseqüência especialmente do crescimento mais lento do que o esperado do mercado interno e da elevação dos preços das commodities. Para o secretário, as empresas hoje estão mais interessadas no mercado externo e não deixariam de enviar seus produtos ao exterior, mesmo com o aquecimento do mercado interno ou valorizações cambiais. "O exportador não abandona mais o mercado que conquistou, independente desses fatores", disse Ramalho.

Sobre a possibilidade de a quebra da safra no Sul do País vir a comprometer os US$ 112 bilhões de exportações previstos pelo governo para este ano, Ramalho disse que a quebra da safra "pode influenciar um pouco", mas as informações sobre a soja até o momento continuam favoráveis porque há uma recuperação de preços que pode compensar uma possível queda de volume exportado.

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