O reajuste salarial dos deputados e dos senadores que será votado nesta quarta-feira (9) pela Câmara aumentará em 27,76% a despesa anual com a remuneração dos parlamentares. Na Câmara, os gastos com os salários dos 513 deputados aumentarão de R$ 102 milhões para R$ 130 milhões. No Senado, os gastos com os salários dos 81 senadores saltarão dos atuais R$ 15,4 milhões por ano para R$ 20 milhões.
Os parlamentares ganham 15 salários por ano, porque, além do 13.º recebem duas ajudas de custo de valor igual ao salário no início e no final do ano legislativo (de fevereiro a dezembro). O presidente da República, o vice e os 37 ministros, que também terão seus vencimentos reajustados, recebem 13 salários por ano.
Deputados e senadores têm em comum a verba indenizatória de R$ 15 mil, destinada exclusivamente ao ressarcimento de despesas com aluguel, manutenção de escritórios, locomoção e alimentação, entre outras relacionadas ao exercício do mandato parlamentar. Senadores e deputados também têm as duas ajudas de custo por ano no valor igual ao salário, auxílio-moradia de R$ 3.000,00, cotas de jornais e revistas e ainda cota de passagens aéreas que varia de acordo com o Estado de origem do parlamentar.
O reajuste de 28,5% proposto para os salários dos parlamentares, do presidente, do vice e dos ministros corresponde à reposição da inflação oficial entre dezembro de 2002 e março de 2007, medida pelo Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA).