O governo brasileiro economizará R$ 9,4 bilhões em juros graças às operações de recompra antecipada de títulos da dívida externa feitas nos quatro primeiros meses do ano. A estratégia, facilitada pelo dólar barato, é comprar títulos emitidos pelo próprio governo que estão no mercado internacional.
Ao retirá-los de circulação antes do vencimento, o Tesouro Nacional economiza os juros que seriam pagos até a data final. Os títulos recomprados tinham prazos variados, que iriam até 2040. As operações de recompra somaram R$ 4,7 bilhões até o fim de abril. Só em março e abril, foram recomprados R$ 3,6 bilhões.
Essas operações, além de permitir economia com juros, influenciam a taxa de câmbio. Provocam saída de moeda estrangeira e ajudam a compensar parte dos dólares que entram no País, principalmente os ingressos decorrentes das aplicações de investidores estrangeiros em títulos da dívida interna. Essa aplicação cresceu depois que o governo isentou o capital externo de Imposto de Renda (IR). Nos 13 meses de vigência da medida, entraram no País US$ 16,4 bilhões para investimento em títulos.