Estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que, além da usina nuclear de Angra 3 – cuja retomada das obras ainda não foi autorizada pelo governo -, o Brasil deverá ter mais quatro usinas nucleares em seu parque energético entre 2015 e 2030, cada uma com capacidade para gerar 1 mil megawatts (MW). A projeção, apresentada hoje pelo presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, faz parte dos estudos preliminares que vão fundamentar o Plano Nacional de Energia 2030, a ser apresentado pelo Ministério de Minas e Energia até o fim do ano.

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De acordo com o estudo preliminar de Tolmasquim, duas dessas quatro novas usinas nucleares seriam instaladas na Região Nordeste, "que é uma região que tem menos opções para geração de energia", e as outras duas ficariam no Sudeste, o maior centro consumidor do País.

Atualmente, as duas usinas nucleares em operação no País, Angra 1 e 2, têm potência instalada de 2 mil MW. Segundo o estudo de Tolmasquim, em 2015 o parque nuclear passaria a ter 3,3 mil MW, com a entrada em operação de Angra 3. Com as outras quatro usinas sugeridas pelo estudo, a capacidade de geração de energia nuclear, em 2030, somaria 7,3 mil MW.

Esse cenário traçado por Tolmasquim considera uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 4,1% ao ano até 2030 e um crescimento da demanda por energia de 3,5% ao ano.

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