O cavaleiro Vítor Alves Teixeira está sendo acusado por Ricardo de Miranda, pai de Álvaro Affonso, o Doda, de ter prejudicado a equipe brasileira de hipismo no Mundial de 2006.
Ricardo apresentou recurso ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) pedindo a abertura de processo disciplinar para descobrir por que o time de saltos do Brasil teve somente três conjuntos nos Jogos Eqüestres Mundiais de Aachen (ALE). O empresário culpa Vítor e quer que seja suspenso e, assim, não dispute o Pan do Rio, em julho.
‘Ele não queria ser o reserva da equipe. Estava inscrito e simplesmente não apareceu quando o Baloubet (cavalo de Rodrigo Pessoa) mancou e a equipe precisou dele’, diz Ricardo, inconformado por seu pedido ter sido negado em 2006 – o tribunal arquivou o caso.
Agora, o empresário, proprietário do Haras Bawani, filiado à CBH entrou com recurso e anexou ao processo declarações do técnico Nelson Pessoa, do veterinário Thomaz Montello e do cavaleiro Cássio Rivetti. O STJD, presidido por Luiz Trindade Cassettari, se reúne amanhã, no Rio.
‘Solicitei a participação do mencionado conjunto diretamente ao sr. Vítor Alves Teixeira e o mesmo, por decisão unilateral, se recusou a participar’, registra documento assinado por Nelson Pessoa.
‘O de Pomme (montaria de Vítor) se encontrava recuperado e liberado para a competição’, observa o veterinário Thomaz Montello. ‘Até hoje não entendi porque o Vítor não saltou’, afirma Cássio Rivetti.
O processo seletivo para montar a seleção que iria ao Mundial começou em dezembro de 2005, com nove conjuntos e provas na Europa. Uma série de lesões nos cavalos, foi complicando a seleção – a montaria de Vítor (VDL Pessoa) e as de Doda (Chatwin e Tjil Van Het) se machucaram.
Vítor teve a oferta de empréstimo de O de Pomme, animal da amazona Karina Johannpeter. Doda alugou o cavalo Nike. Ambos foram inscritos, ao lado de Rodrigo Pessoa e Baloubet, Bernardo Alves e Canturo e Cássio Rivetti e Olona.
‘O Neco (Nelson Pessoa, o técnico) propôs um confronto entre Doda e Vítor na Holanda e daí saiu a equipe. Vítor foi mal e seria o reserva, já que o cavalo de Pedro Veniss também havia se machucado. Mas ele não queria’, observa Ricardo. Segundo Ricardo quando a CBH convocou Vítor, ele alegou ‘que o cavalo não tinha condições psicológicas’.
