O padre Hélio Aparecido de Oliveira, ex-diretor-geral e acadêmico das Faculdades Integradas Claretianas e do Colégio Integrado Claretiano, de Rio Claro (SP), foi condenado em primeira instância a 16 anos e três meses de prisão. Ele foi denunciado pela polícia ao Ministério Público Estadual em 2004 por atentado violento ao pudor contra três crianças que estudavam no colégio. Na época, elas tinham idades entre 8 e 10 anos.
A então coordenadora pedagógica da escola, Geni Percorari, também foi condenada a 13 anos e seis meses. Segundo a polícia, ela foi conivente e omissa diante do crime que condenou Oliveira em um processo que corre em segredo de justiça, como determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os condenados podem recorrer da decisão do juiz em liberdade.
O advogado de defesa dos dois, Raimundo Hermes Barbosa, disse que apesar da decisão do juiz Durval José de Moraes Leme ele vai recorrer em segunda instância. "Não vejo provas contra meus clientes", afirmou. Já o advogado das famílias das três crianças Ariovaldo Vitzel Júnior, classificou como corretas e de bom tamanho as sentenças. Para ele, entretanto, isso não ajuda na superação do trauma.
A Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, controladora das unidades de ensino, não se pronunciou sobre o assunto. Informou que o padre está afastado da instituição desde as acusações.