O padre João Batista Rodrigues, de Nova Cantu, a 475 quilômetros de Curitiba, no centro-oeste do Paraná, está sendo acusado de atentado violento ao pudor. Ele teria abusado de pelo menos três meninos, entre 11 e 13 anos, que ajudavam nas celebrações de missa. O padre está desaparecido mas o delegado Joaquim Antônio Figueira disse que iria enviar ofício à Cúria Diocesana de Campo Mourão pedindo que ele se apresentasse para ser interrogado. O bispo Mauro Aparecido dos Santos mandou avisar que não comentaria o caso por telefone.
A denúncia chegou primeiramente ao Ministério Público, por meio da mãe de um dos meninos. A promotoria pediu então que fosse instaurado inquérito policial. O delegado regional de Ubiratã, que atende Nova Cantu, esteve sábado na cidade para ouvir o menino, que confirmou ter sido convidado pelo padre para ir a sua casa no dia 7. O delegado pediu exames na criança, mas ela afirmou que não houve relação sexual.
Hoje, Figueira ouviu mais dois meninos, acompanhados dos pais, e eles contaram que o padre também lhes fez carícias íntimas, sem no entanto haver relação sexual. Esses pais também representaram criminalmente contra o padre.
O delegado foi autorizado pela Cúria para fazer uma busca na casa paroquial, mas não foi encontrado nada que reforçasse a suspeita de pedofilia ou pornografia. ?Há evidências de uma situação criada, mas sem provas, ficando apenas na palavra das crianças?, afirmou Figueira.
Segundo ele, o bispo disse que a lei é para todos e que queria a apuração do caso. O delegado pediu à coordenação da pastoral da igreja uma relação de todos os ajudantes do padre para serem ouvidos