Rio de Janeiro – O pacto empresarial brasileiro de combate à corrupção, organizado pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, conta atualmente com 353 empresas e 76 entidades econômicas signatárias em todo o país. Segundo destacou o secretário-executivo da entidade, Caio Magri, o número é superior ao do pacto do Fórum Econômico Mundial, que não chega a 150 empresas filiadas.
Na semana passada, 20 empresas do Rio de Janeiro aderiram ao pacto nacional, além da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro(Firjan) e do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável(CEBDS). Os signatários concordam em combater a corrupção, improbidade administrativa, fraudes e crimes contra a ordem econômica, mantendo essa postura em todas as relações com governos, funcionários e fornecedores.
Caio Magri disse que a adesão é maior em São Paulo, devido a uma característica própria da relação das empresas com o movimento de responsabilidade social empresarial. ?As empresas que estão mais avançadas em práticas de gestão social responsável em todos os anos são as que têm de fato uma antena mais dirigida a essas questões e, portanto, estão aderindo com uma velocidade maior?, afirmou o executivo.
A articulação do pacto no Brasil conta com seis grandes parceiros, que são o Instituto Ethos, Fórum Econômico Mundial, a Agência das Nações Unidas de Combate às Drogas e ao Crime Organizado (UNODC), o Comitê Brasileiro do Pacto Global, o o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (PNUD) e a Patri Relações Governamentais & Políticas Públicas. Existe interesse de países latino-americanos em copiar a experiência do pacto brasileiro.
Já assinaram o pacto companhias de São Paulo, Paraná, Amazonas, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os próximos estados a aderir à iniciativa são o Rio Grande do Sul, no dia 22 de junho, e Santa Catarina, em agosto.
Foi identificado também um interesse potencial para adesão de empresas no Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Bahia. Magri acredita que até o final deste ano poderá ser cumprida uma agenda bastante dinâmica, de modo a ter quase todos os estados com base de associados Ethos e responsabilidade social aderindo ao pacto. A idéia é avançar nas regiões Centro-Oeste e Nordeste até dezembro.
A base jurídica do pacto nacional contra a corrupção é o marco legal brasileiro, ou seja, a Constituição, além de legislações específicas sobre a relação público-privada e as Convenções da Organização dos Estados Americanos (OEA), da ONU e da Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico(OCDE) e os princípios do Pacto Global.