Pacote de ajuda ao setor aéreo sai em novembro, diz Infraero

O pacote de ajuda ao setor aéreo, atualmente em análise no governo federal, deverá ser conhecido pela sociedade brasileira no início do mês que vem. A estimativa é do presidente da Infraero, Carlos Wilson Campos. Segundo ele, uma das possibilidades é a capitalização da Varig e da Vasp, mas o executivo ressaltou que o governo “não vai jogar dinheiro a fundo perdido”.

O setor aéreo precisa de uma solução conjunta, e não individual, considerou Campos. Especificamente sobre a Vasp, que tem uma dívida total de R$ 760 milhões com a estatal, ele afirmou que o governo estendeu em três meses o prazo para a empresa renovar a sua concessão, que venceria no próximo dia 10.

Mesmo com a flexibilização nas concessões, a Infraero vai manter o prazo até o próximo dia 13 para a Vasp pagar uma dívida de R$ 11 milhões, referente a tarifas aeroportuárias e taxas de embarque que são cobradas dos passageiros e que não estão sendo repassadas para a Infraero. Campos, no entanto, diz que a Infraero tem sido extremamente tolerante com as companhias aéreas e que o objetivo não é “quebrar” nenhuma delas.

“A taxa de embarque é o passageiro que paga e não pertence à companhia. Ela foi criada para que os aeroportos ganhem modernidade e conforto. Se apropriar da taxa de embarque é apropriação indébita”, afirmou o presidente da Infraero. Caso a Vasp não quite seu débito até a próxima quarta-feira, terá de pagar diariamente as taxas para poder voar. “Nossa paciência tem limite e esse limite é a lei. Se não houver cobrança por parte da Infraero, nossa diretoria poderia ser acusada de leniente”, acrescentou Campos.

A Varig, que tem uma dívida total de R$ 335 milhões, também tem pendências relativas a tarifas aeroportuárias de R$ 108 milhões, este ano. Os R$ 227 milhões restantes já foram securitizados. Campos admitiu que, se não houver um acordo, a Varig também poderá ter de pagar diariamente a taxa para poder voar, mas ele espera que a situação não chegue a esse ponto. “Estamos procurando dar um tratamento igual às companhias aéreas. Agora, não é justo que se premie a inadimplência e deixe de olhar para aqueles que estão em dia com a Infraero”, afirma Campos, que assinou hoje a ordem de serviço para o início das obras de ampliação do Aeroporto Santos Dumont. Os trabalhos deverão começar no dia 18, com investimento de R$ 280 milhões.

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