O ouvidor agrário nacional, Gersino Filho, mandou investigar denúncias de suposto financiamento de invasões de terra produtiva por empresas madeireiras do Pará para extração ilegal de árvores. "Se isso for verdade, terá de acabar, é inadmissível", reagiu o ouvidor, que hoje participou de reunião em Belém com entidades do setor.
Os madeireiros pagariam para os sem-terra invadirem as propriedades, depois entrariam nas áreas com seus caminhões, derrubando a floresta para a retirada de madeira nobre. Gersino Filho disse aos madeireiros que o direito à propriedade é assegurado pela Constituição Federal e que o papel da União é garantir que áreas produtivas e não-griladas não sejam invadidas e nem desapropriadas para fim de reforma agrária.
Ele advertiu que se comprovada a veracidade das denúncias, o governo poderá tomar uma série de medidas para punir as madeireiras que incentivam esse tipo de invasão. Uma delas seria a suspensão de créditos.