Organizações não-governamentais sugerem mais transparência na eleição ao BID

A Rede Brasil Sobre Instituições Financeiras Multilaterais ? que reúne organizações não-governamentais ? propõe que os candidatos indicados por cada país à presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sejam previamente aprovados pelos respectivos parlamentos. "Ou seja, faríamos com o representante do Brasil no banco o mesmo processo de escrutínio, de sabatina, pelo qual passam, por exemplo, todos os diretores do Banco Central", afirmou Carlos Tautz, um dos coordenadores da rede.

O BID é formado por 47 países sócios, todos com direito a voto. Para ser eleito presidente, o candidato precisa ter duas maiorias: a aprovação de 15 das 28 nações do continente americano e o consentimento dos maiores acionistas do banco, ou seja, o vencedor precisa ter sido votado por países que, juntos, possuam mais de 50% do capital acionário da instituição.

"Apenas os Estados Unidos, por exemplo, têm 30% das ações, o que denota um processo inteiramente antidemocrático", analisa o coordenador da Rede Brasil.

Em relação às expectativas da Rede Brasil sobre a nova gestão presidencial do BID, Tautz afirma que a indicação do colombiano Luis Moreno faz parte de uma estratégia norte-americana. "Tudo indica que a escolha do Moreno para presidir o banco faz parte de uma estratégia para a retomada das discussões da Área de Livre Comércio das Américas (Alca)", disse.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo