Organizações sociais que trabalham com a questão rural divulgam hoje o primeiro diagnóstico abrangente sobre os programas do Banco Mundial para o campo, a chamada reforma agrária de mercado. Essa política se contrapõe à reforma agrária baseada na função social da propriedade, como determina a Constituição brasileira, e promove a compra e venda "negociada" da terra.
Uma entrevista coletiva sobre o assunto será dada às 11 horas na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Porto Alegre, antecedendo a abertura da Conferência Internacional da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) sobre reforma agrária.
Participam da entrevista os coordenadores da pesquisa Maria Luisa Mendonça, diretora da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, e Gustavo Venturi, diretor da Criterium Pesquisas de Opinião e Avaliação de Políticas Públicas; Dom Tomás Balduíno, presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT); o deputado estadual Frei Sérgio Görgen; o coordenador da CPT no Rio Grande do Sul, Luiz Antônio Pasinato; o coordenador da Campanha Global pela Reforma Agrária/Via Campesina, Rafael Alegria, além de um trabalhador beneficiado pelo programa do Banco Mundial.
No levantamento, foram realizadas 1.677 entrevistas. A pesquisa abrange os programas Cédula da Terra, Banco da Terra, Crédito Fundiário e Nossa Primeira Primeira Terra no período de 1997 a 2005. A pesquisa traz dados inéditos sobre a situação socioeconômica desses projetos.
