Segundo o coordenador estadual de agricultura orgânica, Iniberto Hammerschidt, a agricultura orgânica paranaense cresce uma taxa de 40% ao ano, superando a média mundial de 20%. Na última safra, o Paraná produziu mais de 50 mil toneladas. Entre os produtos mais cultivados estão a soja, verduras e cana-de-açúcar. Segundo Hammerschidt, quase toda a soja orgânica foi exportada para o Japão.
Para Frank Guggenheim, diretor-executivo do Greempeace no Brasil, ao se manter um Estado livre de transgênicos, o Paraná estará respeitando a vontade dos consumidores no Brasil e no exterior, os agricultores e o meio ambiente.
Com o objetivo de aumentar o plantio de orgânicos no Paraná, o governador do estado, criou em março do ano passado, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, o Centro Paranaense de Agroecologia, com 1,5 mil hectares, ao redor da área de proteção ambiental da Represa do Irai.
O principal objetivo do centro é fornecer conhecimentos científicos e tecnológicos, voltados à agricultura orgânica, para produtores e técnicos, além de aprimorar a formação de profissionais em ciências agrárias.
Orgânicos no Brasil
A segunda maior área de produção orgânica no mundo pertence ao Brasil, perdendo apenas para a Austrália. Ao todo são 6,5 milhões de hectares de terra disponível para o cultivo de orgânicos.
Segundo Roberto Mattar, chefe da Divisão de Certificação e Controle da Produção Orgânica do Ministério da Agricultura, com uma área tão grande certificada, o Brasil esta garantindo ao produtor a valorização do seu produto e a geração de emprego e renda para as famílias que vivem nas regiões, além de preservarem o meio ambiente para as gerações futuras.
Na feira Biofach, realizada no mês passado na Alemanha, o Brasil fechou contratos no valor de ? 31.4 milhões, para a produção de orgânicos.