Orçamento prevê R$ 12 bilhões para investimentos em 2004

O Congresso Nacional aprovou na noite de terça-feira, em votação simbólica, o Orçamento Geral da União para 2004. O texto prevê um total de R$ 12 bilhões destinados a investimentos no ano que vem – três vezes mais que em 2003. A oposição ameaçou pedir verificação de quórum, mas recuou. PSDB e o PFL deixaram registrado seus votos contrários.

A proposta estima um crescimento de 4% do PIB, queda dos juros e da inflação, saldo positivo da balança comercial e aumento do ingresso de capital estrangeiro, superávit primário de 4,25% e uma taxa de juros nominais projetada para 12,7% ao final de 2004. O Orçamento dá margem para que o salário mínimo seja elevado para R$ 270, podendo, segundo o relator da proposta, deputado Jorge Bittar(PT-RJ), ter um acréscimo de valor dependo do comportamento da economia.

O relator disse também que foram reservados R$ 5,4 bilhões para o funcionalismo público. Esses recursos são destinados à revisão salarial dos que ganham menos, à reestruturação de carreiras, à contratação de novos servidores e ao reajuste de salários. Desse montante, a proposta reserva R$ 1,5 bilhão para reajustes dos servidores. Com esses recursos, será possível dar um reajuste linear de 1,9 % para cada servidor.

O deputado Jorge Bittar informou que esse é o Orçamento mais enxuto e realista dos últimos anos e tem todas as condições de ser executado pelo governo. A aplicação da proposta, segundo ele, irá contribuir para a geração de mais empregos e para o crescimento da economia nacional. ?Buscamos melhorar os recursos para a saúde, introduzindo alguns bilhões a mais para gastos no setor. Também ampliamos os recursos para a previdência em mais de R$ 3,6 bilhões?, disse Bittar.

Durante a discussão da proposta, a oposição fez muitas criticas à matéria, alegando que era uma peça fantasiosa e muito mais restritiva que os orçamentos anteriores. ?É um orçamento restritivo. É uma peça de ficção. Muito duro e pior do que os últimos orçamentos?, disse o líder do PSDB, senador Arthur Virgilio (AM). O líder do governo no Congresso, senador Amir Lando (PMDB-RO), rebateu afirmando que o Orçamento não era do governo, da oposição ou de qualquer partido político, mas do conjunto da sociedade.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo