O Conselho Nacional de Resistência Iraniana, grupo de oposição ao regime dos aiatolás, advertiu nesta quinta-feira (24) em Paris que o Irã acelerou seu programa nuclear para poder fabricar sua primeira bomba atômica em um ano. "Até o fim de 2007 o Irã terá centrífugas suficientes para começar a fabricar sua bomba atômica", disse o dirigente do Conselho, Mohammad Mohadessine. Ele pediu à comunidade internacional que adote sanções "imediatas e globais" contra o regime de Teerã.

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A declaração foi dada em meio a um impasse nuclear entre as principais nações nucleares e as autoridades iranianas. Alemanha China, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Rússia ofereceram ao Irã em 6 de junho um pacote de incentivos para que o país abandonasse as atividades de enriquecimento de urânio e recebesse em troca tecnologia avançada, reatores de pesquisa nuclear e a suspensão das sanções americanas. Na terça-feira, o Irã entregou sua resposta a representantes desses países e manifestou sua disposição de ingressar em negociações já no dia seguinte.

Porém hoje, diplomatas reunidos em Viena comentaram que os países possivelmente rejeitarão a resposta iraniana. De acordo com eles, o documento de 25 páginas não sugere a paralisação da atividade e menciona apenas vagamente a disposição do Irã de discutir todos os aspectos de seu programa nuclear.

O enriquecimento de urânio é um processo essencial para a geração de combustível usado no funcionamento das usinas nucleares. Em grande escala, também pode resultar em material próprio para carregar ogivas atômicas. Os EUA acusam o Irã de desenvolver em segredo um programa nuclear bélico. O governo iraniano nega e assegura que suas usinas atômicas têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica.

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