Terminou sem acordo a reunião dos líderes partidários com o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), para tratar das votações da semana. A oposição afirmou que manterá a estratégia de obstruir as votações enquanto não houver resposta da Justiça sobre a instalação da chamada CPI do Apagão Aéreo. "Vamos transformar a vida do governo em um inferno", anunciou o líder do PFL, deputado Onix Lorenzoni (RS). Ele disse que a oposição está "defendendo a democracia".

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O PFL, o PSDB e o PPS entraram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar garantir o funcionamento da CPI, criada em ato de Chinaglia, mas barrada pela ação da maioria governista, que conseguiu aprovar um requerimento suspendendo a instalação da comissão. Esse requerimento está para ser votado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O presidente da Câmara disse que foi informado da obstrução oposicionista e avaliou que a sessão de hoje será longa. "É uma disputa política e tem legitimidade. Atinge as votações, mas não as impede. Todo mundo sabe que (a obstrução) é uma maneira de fazer política, é da democracia", disse Chinaglia.

A própria oposição admite que não consegue reunir mais do que 140 votos e, portanto, usará de recursos regimentais para atrasar as votações. Os governistas estão dispostos a colocar número no plenário e garantir as votações atropelando a minoria.

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Chinaglia disse que o primeiro ponto da pauta que pretende pôr em votação hoje é a Medida Provisória (MP) número 346, que abre crédito para a extinção da Rede Ferroviária Federal. A MP será a primeira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a ser votada.