A oposição reagiu contra a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de se reunir semanalmente com os presidentes da Câmara e do Senado. O deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) considerou a decisão uma "ofensa" ao Poder Legislativo e uma "promiscuidade" da relação entre o governo e o Congresso. O líder do PPS, Fernando Coruja (SC), classificou de "vexame" a decisão e cobrou na sessão da Câmara desta terça-feira (27) uma explicação de Chinaglia.
"Lula vai fazer a pauta da Câmara e do Senado junto com Renan e Chinaglia. Isso é uma ofensa ao Legislativo", afirmou Madeira. "Daqui a pouco vai fazer como no parlamento da Venezuela que defendeu a suspensão das votações de matérias com o argumento de que era para o presidente do País governar melhor", disse o tucano.
Coruja lembrou da tribuna da Câmara que Chinaglia se elegeu defendendo a independência dos Poderes. O petista disse que discutirá com Lula uma pauta de interesse do País. "O que ocorre é que na relação harmônica e independente dos poderes compõe a conversa entre esses poderes. É normal que exista a conversa. Deve haver tranqüilidade na Casa, porque a relação é no sentido de pensarmos a pauta de interesse do País com cada um fazendo a sua pauta e a sua parte", respondeu Chinaglia.
