Cerca de 150 operários que trabalham nas obras do velódromo do Complexo Esportivo do Autódromo fizeram hoje pela manhã uma paralisação de advertência e, à tarde, retomaram as atividades. Na próxima segunda-feira, a Oriente Construção, responsável pelas obras, irá se reunir com os trabalhadores para discutir a pauta de reivindicações. O local será a sede das provas de ciclismo dos Jogos Pan-Americanos do Rio, em julho.
Esta é a terceira paralisação de funcionários das obras do Pan. Antes, os protestos aconteceram no Estádio Olímpico João Havelange, no Engenho de Dentro, e no Parque Aquático Maria Lenk também no Autódromo.
No caso do velódromo, os operários exigem aumento salarial e melhores condições de trabalho, seguindo assim cartilha do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada, presente nos atos semelhantes realizados nas outras duas obras do Pan.
Já na segunda-feira, a empresa fornecedora das refeições para os operários do velódromo será substituída. As reclamações sobre a alimentação eram constantes. "A comida estava chegando fria e a qualidade era duvidosa", disse o presidente do sindicato, Nilson Costa.
Os protestos também se estendem à limpeza e higiene do refeitório e dos banheiros. "Falta água e isso não pode ocorrer" prosseguiu Nilson Costa, que participará do encontro com a diretoria da construtora na segunda-feira.
Sobre salários, os cerca de 150 trabalhadores querem adicional de 70% nas horas extras dos sábados e 100% nas dos dias de semana, a partir da terceira hora de trabalho além da carga normal. Também esperam obter um vale-refeição no valor de R$ 50 00, retroativo a 1º de fevereiro.
"As negociações começaram bem e acredito que possamos chegar a um acordo na segunda-feira. Essa também é a expectativa dos trabalhadores da obra", afirmou Nilson Costa.
O velódromo vai abrigar competições de ciclismo de pista e patinação de velocidade. O último prazo estabelecido para a conclusão das obras no local é 15 de junho, menos de um mês antes do início do Pan, que será realizado de 13 a 29 de julho.
De acordo com a diretoria do sindicato, "não está totalmente descartada" a possibilidade de uma outra paralisação de advertência: agora, nas obras do Ginásio do Maracanãzinho.
