Brasília (AE) – O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Elifas Gurgel do Amaral, disse hoje (20) que a solução para o conflito em torno de uma eventual extinção da cobrança da assinatura básica da telefonia fixa passa pela diversificação de produtos para atender os diferentes tipos de clientes. "A saída é diversificar o produto", afirmou Amaral. Segundo ele, quanto mais tipos de serviços as operadoras oferecerem, mais fácil será agradar a todos os clientes.

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A agência está estudando a criação de um serviço telefônico, voltado para as classes de baixa renda da população, chamado Acesso Individual Classe Especial (Aice). A idéia inicial era de que custo mensal da assinatura, nesse tipo de serviço, fosse 35% do valor cobrado atualmente, que é de R$ 40 em média. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, já se manifestou diversas vezes contra a cobrança, mas as empresas resistem, argumentando que a assinatura corresponde a 40% das suas receitas.

Segundo o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Roberto Pinto Martins, em duas semanas deve estar pronto documento que está sendo elaborado por representantes do governo, de empresas de telefonia fixa e da Anatel com propostas para ampliar o número de planos oferecidos aos consumidores de serviços telefônicos.

A proposta de diversificação encontra apoio na iniciativa privada. O diretor de Planejamento Estratégico da Telefônica, Maurício Giusti, também defendeu a diversificação de planos das operadoras, salientando que a idéia é buscar alternativas mais adequadas aos usuários, mas "preservando o equilíbrio econômico das empresas".

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