O secretário adjunto da Receita Federal, Ricardo Pinheiro, afirmou há pouco que as recentes operações da Receita e da Polícia Federal em empresas suspeitas de sonegação e de crimes tributários foram "totalmente descasadas de circunstâncias políticas". Sem mencionar os casos da Daslu e da Schincariol, Pinheiro argumentou que essas operações somente ocorrem quando há convicção da Receita Federal e da PF sobre a existência de crime e observou que nenhuma delas demandou um prazo de investigação menor do que 10 meses. " Nesse tipo de operação temos de trabalhar com margem zero de erro, porque eles geram comoção", disse ele.

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Pinheiro observou ainda que essas operações sempre provocam aumento da arrecadação de impostos porque ampliam a margem de risco dos sonegadores e praticantes de evasão fiscal. "Umas das formas de diminuir a sonegação e a evasão fiscal é passar ao contribuinte a sensação de risco. As operações da Receita com outros órgãos induzem o contribuinte a ações mais corretas." Ainda sem mencionar o nome das empresas atingidas, o secretário-adjunto indicou que, depois dessas operações, a Receita iniciou há poucos dias um processos de fiscalização com base no material apreendido nas empresas. Caso o exame mostre que houve crime tributário, será lavrado auto de infração e a empresa terá 30 dias para recorrer à Delegacia Federal de Julgamento da Receita, órgão que decidirá se ainda cabe recurso ao Conselho de Contribuintes.

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