Dez pessoas acusadas de participar de uma quadrilha internacional de tráfico de drogas foram presas na manhã de hoje durante operação da Polícia Federal. A operação, denominada "Oceanos Gêmeos", tem participação de órgãos de várias cidades dos Estados Unidos, Colômbia, no México, Equador, Venezuela e no Panamá.
No Brasil, de 12 mandados de prisão, 10 pessoas já foram presas; um dos procurados foi preso na Colômbia. Também foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão.
A quadrilha atuava no tráfico internacional de entorpecentes, enviando cocaína estocada em depósitos da Colômbia e Venezuela para os mercados consumidores da América do Norte. O colombiano Pablo Joaquim Rayo Montaño, que é o líder da quadrilha, vive em São Paulo, onde possui empresas com o objetivo de mascarar as atividades criminosas do grupo.
Segundo investigações, que começaram em março de 2005, as drogas eram levadas até os Estados Unidos, por via marítima. Com lanchas do tipo "Go Fast", os traficantes saiam do Panamá com destino ao Golfo do México, onde navios pesqueiros já esperavam em locais predeterminados.
Os chefes da organização estariam usando o Brasil para lavar dinheiro do crime, através da compra de pedras preciosas, jóias, obras de arte e cavalos. Eles também possuem empresas de importação e exportação em nome de "laranjas" com o objetivo de dissimular o verdadeiro proprietário e ocultar os seus bens e valores, além de offshores em paraísos fiscais e empresas de festas e eventos.
Os presos até o momento em São Paulo são: Pablo Joaquim Rayo Montaño, Elizabeth Manrique Albear, Miguel Felmanas, Mira Friedberg Felmanas, Mônica Felmanas, Márcia Felmanas, Marcelo Felmanas, Eduardo Alfredo Bozza Haddad, Reinaldo Abramovay e Jackson Orozco Gil (preso em Bogotá).