Natal – Na madrugada desta quinta-feira mais de 200 policiais militares, civis e bombeiros do Rio Grande do Norte voltaram às ruas de Ponta Negra para coibir a prática do turismo sexual na praia mais badalada de Natal. Eles fizeram 323 abordagens de estrangeiros, a maioria, portugueses, italianos e espanhóis.
Dos turistas, 78 estavam sem documentos ou com passaportes vencidos e foram levados para a Superintendência da Polícia Federal, na zona oeste da capital potiguar. Verificada a situação de cada um, todos foram liberados.
Dez crianças e adolescentes foram retirados da praia e levados para três abrigos da prefeitura. Uma delas já iniciava negociações para programa sexual com um estrangeiro.
A ação não se restringiu aos turistas. O gerente Sandro Paulo Lino e o funcionário Marley Pereira Mesquita, do restaurante Ponta Negra Grill, foram presos por emitir cupom fiscal cuja inscrição na Secretaria Estadual da Tributação estava cancelada. Foram interditados dois restaurantes e um shopping.
Balanço
Desde 30 de março a Secretaria da Segurança Pública e a Polícia Federal fizeram cerca de 550 abordagens de estrangeiros em Ponta Negra e 44 crianças e adolescentes em situação de risco ou de exploração sexual foram retiradas das ruas. De lá para cá, caiu vertiginosamente a incidência de cenas de aliciamento de menores e de prostituição explícita na praia.
As autoridades prometem a intensificar cada vez mais as operações, que têm acompanhamento do Ministério Público Estadual com os promotores Manoel Onofre Neto e José Augusto Perez.
