Operação contra pesca predatória apreende 34 redes

Desde a última segunda-feira (22), o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) apreendeu 34 redes de arrasto durante uma semana de fiscalização da pesca predatória no Litoral paranaense. O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, determinou a intensificação da fiscalização dos barcos de pesca em toda a orla devido à mortandade anormal de peixes – que já chega a cinco toneladas – e animais marinhos encontrados nas areias de todos os balneários desde o início de janeiro.

?Estamos estudando alterações na legislação para restringir ainda mais a pesca no estuário lagunar paranaense, considerado um dos maiores berços de reprodução. O IAP continuará sendo rígido quanto a fiscalização e autuação de embarcações que praticam a pesca?, declarou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.

Os peixes encontrados estão sendo descartados por pescadores que praticam o arrasto do camarão e chegam à orla, geralmente espécies de baixo valor comercial como o roncador branco. ?A pesca do camarão foi liberada no último dia 31 de dezembro e por este motivo, os pescadores querem aumentar seus lucros de maneira rápida e destrutiva. Não podemos permitir que essas ações continuem?, enfatizou Rasca, lembrando que as blitze ocorrerão durante o dia e a noite, ininterruptamente.

O chefe do escritório regional do IAP do Litoral, Reginato Bueno, disse que as redes estavam em 17 embarcações vistoriadas, que também foram notificadas por estarem em locais impróprios ou sem a documentação necessária para a pesca de arrasto de camarões.

De acordo com portaria do Ibama (que determina a distância da costa permitida para pesca de arrastão), barcos de até dez toneladas devem pescar entre a primeira e a terceira milha a partir da costa – cada milha representa 1852 metros. Já embarcações acima de dez toneladas devem pescar a partir da terceira milha.

?Os proprietários dos barcos em situação irregular têm as redes apreendidas e devem comparecer ao escritório do IAP para esclarecimentos?, acrescentou.

Reginato explicou que a delimitação serve para proteger os cardumes que se reproduzem da costa para o mar. ?Os barcos que praticam a pesca de arrastão agridem muito os ecossistemas porque utilizam redes de grande porte?, afirmou.

Durante a fiscalização também são verificados os documentos da embarcação emitidos pela Secretaria da Pesca, além dos equipamentos utilizados. Para o arrasto, a malha da rede deve ter, no mínimo, 2,5 centímetros de diâmetro.

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