A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou 11 estados para que não utilizem produtos distribuídos pela Medicminas Equipamentos Médicos Ltda, empresa responsável pela distribuição dos anestésicos suspeitos de terem matado três pessoas, na Bahia.
A Agência suspendeu por 90 dias a venda e uso da Lidocaína e interditou a distribuidora do remédio em Belo Horizonte.
Os estados foram: Bahia, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. Todos receberam medicamentos Lidocaína spray 500 ml, Lidocaína 10% solução 500ml e Lidocaína 2% Gel 120g da empresa.
As vigilâncias sanitárias estaduais de Minas Gerais e Bahia apuram as causas das mortes. A empresa Medicminas foi interditada por não possuir autorização para funcionamento. As análises do medicamento estão sendo feitas por laboratórios oficiais, vinculados ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
Lidocaína é um anestésico utilizado em procedimentos médicos para diminuir o desconforto e os reflexos do esôfago durante exames de endoscopia. Na última sexta-feira, 15 pessoas apresentaram dores de cabeça e tonturas uma hora depois de receber o anestésico em hospital do município de Itagibá, no sul da Bahia. Três delas morreram.
A determinação da Anvisa não compromete a realização de exames de endoscopia desde que a Lidocaína utilizada não seja da empresa interditada.