ONU quer Requião em conferência sobre biodiversidade na Alemanha

O secretário viu as árvores plantadas na conferência do ano passado e disse que ficou impressionado com o engajamento dos paranaenses ?Quero levar aos ministros do Meio Ambiente dos outros países a experiência do Paraná e mostrar como o Estado chegou a esta importante marca de mudas plantadas em todo seu território?, destacou o secretário da convenção.

Djoghlaf fez questão de percorrer, ao lado de Requião, o Centro de Referência em Agroecologia, em Pinhais, local em que plantou, em 29 de março de 2006, a árvore que simbolizou o plantio de 40 milhões de mudas no Paraná. O número foi alcançado durante a realização, também em Pinhais, da 3ª Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (MOP3) e da 8ª Conferência das Partes da CDB (COP8).

Durante COP8, lembrou Requião, o Paraná plantou 8 milhões de árvores como compensação ao dando ambiental que o próprio evento causaria. ?À época, chegamos a 40 milhões de mudas plantadas no Estado. Hoje o Paraná tem 64 milhões de mudas e rapidamente chegaremos aos 100 milhões , ou seja, 10% da meta estabelecida pela ONU para o mundo todo?, ressaltou o governador.

Segundo o secretário do Meio Ambiente do Paraná, Rasca Rodrigues um fator que diferencia a campanha de plantio no Paraná e aumenta sua importância na recuperação da diversidade ambiental é a utilização de mudas de espécies nativas. ?Nosso reflorestamento não tem fim econômico porque não plantamos árvores para serem cortadas e aproveitadas pela indústria?, explicou Rasca.

A exemplo do que fez no encontro do ano passado, Rasca adiantou que será pleiteado o seqüestro do carbono emitido durante a COP9, que será realizado em Bohn, Alemanha. ?O Paraná também vai plantar árvores para compensar a emissão do gás carbônico do próximo evento?, assegurou.

Biodiversidade – O governador lembrou que o plantio de mudas nativas faz parte das ações para formação dos corredores de biodiversidade e para recuperação da mata ciliar das bacias hidrográficas do Paraná que, por sua vez, contam ainda com programa de repovoamento de peixes.

?Estamos repondo o que foi tirado dos rios e das baías porque queremos restituir a diversidade que havia há 50 anos no Estado?, salientou Requião. O governador explicou aainda que o programa garante também renda ao pescador que fornece alevinos.

Para Djoghlaf, a estratégia do Paraná gera uma seqüência de benefícios. ?Além de essencial à biodiversidade, uma árvore garante oxigênio para uma família de 4 pessoas e sabemos que as regiões próximas às florestas num país quente como o Brasil têm sua temperatura reduzida de 4 a 8 graus na comparação com outra região sem mata, na mesma época do verão?, alertou.

O encontro do governador Roberto Requião com o secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biologia (CDB) da Organização das Nações Unidas (ONU), Ahmed Djoghlaf, contou ainda com a participação dos secretários Valter Bianchini Agricultura) e Airton Pisseti (Comunicação Social).

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