A Organização das Nações Unidas (ONU) criticou o tribunal iraquiano e pediu que novas execuções de ex-líderes do regime de Saddam Hussein sejam interrompidas. Nesta quarta-feira (3), a alta comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos, Louis Arbour, telefonou ao presidente do Iraque, Jalal Tababani, apelando para que execuções como a de Saddam não voltem a ocorrer e as sentenças anunciadas pelo Tribunal Iraquiano não sejam cumpridas.
Já o relator da ONU contra execuções sumárias, Philip Alston, acusou o Iraque de repetir práticas existentes no próprio regime de Saddam e transformar a execução em um "espetáculo público". As execuções do meio-irmão de Saddam Hussein, Barzan Al-Tikriti, e de Awad Al Bandar estariam programadas para amanhã, mas não houve confirmação oficial, segundo noticiou um canal de TV do Iraque. "De acordo com o direito internacional, a imposição da pena de morte só é permitida como uma medida excepcional e dentro de restrições legais rigorosas", afirmou Arbour.
Dois dias antes do enforcamento de Saddam, a representante da ONU também apelou para que o Tribunal Iraquiano para que evitasse a execução. "Volto a pedir hoje ao presidente do Iraque que não execute as sentenças do Tribunal", disse a alta comissária.