A ONU fez nesta quinta-feira (17) um chamado aos países membros para que se comprometam com urgência a enviar tropas, para ampliar a atual força de paz no Líbano, a Unifil, que tem 2 mil homens e precisará contar com 15 mil – segundo prevê a resolução do Conselho de Segurança, aprovada há uma semana.
Nesta quarta-feira (16), a França anunciou o envio de 200 militares em caráter de urgência para a Unifil, que está sob seu comando. A ministra de Defesa da França, Michele Alliot-Marie, indicou que o país está disposto a manter o comando até fevereiro, mas expressou preocupação com a "missão imprecisa dessa força, o que poderia resultar numa catástrofe". Sua oferta de apenas 200 soldados desapontou os outros países, já que a França aceitou comandar a força ampliada da Unifil.
O governo francês quer garantias de segurança para seus soldados antes de se comprometer com o envio de um número maior. Outros países, como a Itália, que ofereceu 3 mil homens, aguardam esclarecimento sobre as atribuições da Unifil.
"Será uma força robustecida, bem equipada e autorizada para atuar da forma necessária em suas tarefas essenciais", disse o subsecretário-geral da ONU, Mark Malloch Brown, ao abrir nesta quinta-feira (17), em Nova York, a reunião dos 49 países que esperam contribuir. Malloch Brown destacou que será "um contingente reforçado, sem caráter ofensivo", e 3.500 homens são necessários para posicionamento no sul do Líbano nos próximos dez dias.
Ele afirmou ainda que as normas para o destacamento das tropas prevêem o uso da força para evitar atividades hostis no sul do Líbano. A Unifil também poderá usar a força para ajudar o governo libanês a garantir sua fronteira e impedir que forças estrangeiras, munição e armas entrem no Líbano. A maior preocupação dos países, na realidade, é saber se a Unifil poderia ser chamada a agir para desarmar o Hezbollah – o que eles não querem fazer.
