Para lembrar as vítimas dos campos de concentração nazista, a Organização das Nações Unidas (Onu) estabeleceu o dia 27 de janeiro como o Dia Internacional em Memória das Vítimas Holocausto. Todos os membros da organização, inclusive o Brasil, apoiaram no ano passado a criação da homenagem. A data escolhida marca o dia em que, há 61 anos, as portas Auschwitz foram abertas, revelando histórias de horror e crueldade em um dos principais campos de concentração do regime de Adolf Hitler.
Este ano, com o tema "Além de Recordar", o holocausto nazista foi lembrado na Assembléia Geral da Onu, em Nova York. Participaram sobreviventes, delegações dos estados membros da Onu, organizações não-governamentais e funcionários das Nações Unidas. Durante toda a semana, foram exibidos filmes, exposições fotográficas, livros escritos pelos sobreviventes, além de palestras. No local dos eventos, foi montado um espaço com computadores que permitiam os visitantes acesso a uma central de dados sobre as vítimas.
O representante permanente do governo brasileiro na Onu, Ronaldo Sardenberg, conduziu as cerimônias, desde quinta-feira (26), como presidente em exercício da Assembléia Geral. Segundo nota da Onu, comemorar a data é importante para recordar as lições do Holocausto, algo que não pode ficar simplesmente no passado.
No Brasil, as vítimas também foram lembradas em cerimônia no Senado Federal nesta sexta-feira às 10 horas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa ainda hoje (27) de outra cerimônia que acontece na Congregação Israelita Paulista. Cerca de seis milhões de judeus foram mortos durante a Segunda Guerra Mundial. Outros milhões de ciganos, russos, homossexuais e deficientes físicos também acabaram assassinados.