ONU escolhe nesta semana o novo comandante das tropas no Haiti

A Organização das Nações Unidas (ONU) vai escolher nesta semana o nome do novo comandante das tropas militares da missão de paz no Haiti (Minustah). Desde a morte do general Urano Teixeira Bacellar, o posto está sendo ocupado interinamente por um general chileno. O governo brasileiro indicou dois nomes para serem sabatinados pelas Nações Unidas: os generais José Elito Siqueira e Jeannot Jansen.

Em entrevista à Agência Brasil, o diretor do Centro de Informações da ONU no Brasil, Carlos dos Santos, confirmou que o novo comandante militar deverá ser escolhido até a próxima semana para apressar os preparativos para acompanhar as eleições do país, marcada para o dia 7 de fevereiro pelo Conselho Eleitoral Provisório.

"Acredito que no curso desta semana essa questão já estará resolvida, até porque nós temos as eleições haitianas, marcadas para fevereiro, então quanto mais cedo o comandante estiver no seu posto, melhor para todos", disse. Segundo Carlos dos Santos, o Departamento de Operação de Paz da ONU está avaliando, juntamente com o secretário-geral, Kofi Annan, e seus conselheiros qual dos dois generais indicados pelo Brasil tem o perfil mais adequado para assumir o comando.

"Normalmente quando há uma situação dessas como a do Haiti, o secretário-geral recomenda ao Conselho de Segurança. Ou dizendo que os dois candidatos são iguais ou dirá que a sua recomendação é para um deles. Mas quando ele avalia e diz que os dois são iguais, então essa decisão vai passar a pertencer ao Conselho de Segurança, que vai decidir de quem será o próximo comando das Forças de Paz no Haiti", explicou.

Na última quarta-feira (11), após participar das homenagens póstumas ao general Urano Bacellar, o vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, afirmou que os dois generais "estão no mesmo patamar e em condições de realizar um trabalho eficiente". Para o representante da ONU no Brasil, a escolha do novo comandante é fundamental para a realização das eleições haitianas.

"Tudo vai depender de como o processo vai decorrer daqui para frente e, inclusive, a rapidez com que se nomeie o novo comandante. Não é um processo nada fácil além de problemas de segurança e dos problemas sociais cotidianos, ainda há os problemas de logística que é próprio das eleições", diz o representante da ONU.

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