Brasília ? Para o diretor do Centro de Informações da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, Carlos dos Santos, a data 30 de junho prevista para a transição do Iraque para um governo próprio pode ficar comprometida devido à “falta de segurança”. Além disso, Carlos afirma que é necessário tempo hábil para realizar o processo eleitoral. A sua estrutura prevê quatro etapas: a fase de transição política da administração para os iraquianos; a fase de transição de estrutura para a sociedade civil; a fase de transição econômica, inclusive com a oferta de postos de trabalho; e a fase de transição de segurança militar.
“São condições que ainda não permitem uma eleição direta como é de desejo de todos. Uma missão da ONU foi enviada em fevereiro passado ao Iraque para verificar a possibilidade de haver eleições. Infelizmente, se por um lado desejamos acelerar o processo de transição no Iraque, por outro lado as condições não permitem uma eleição direta. Temos que ressaltar que o diplomata Sérgio Vieira de Melo deu sua própria vida para reduzir o tempo da ocupação e entregar o Iraque aos iraquianos”, analisa o diretor do Centro de Informações da ONU no Brasil, que garante que os mais de 300 funcionários das Nações Unidas continuarão a trabalhar ativamente no país.
Na avaliação do diretor do Centro de Informações da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, Carlos dos Santos, o Brasil “mais cedo ou mais tarde será uma potência internacional e como tal tem obrigações de lutar pela paz”. O ministro das Relãções Exteriores, Celso Amorim, afirmou em Londres a disposição de reativar a embaixada brasileira em Bagdá logo que o Iraque conseguir a soberania nacional.
“O Brasil tem direito de ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU pelo papel que desempenha no mundo. É importante que o Brasil esteja na linha de frente para, depois que o Iraque conquistar sua soberania, ajudar na recuperação econômica dos iraquianos. O Brasil deve participar como estado de pleno direito dentro das Nações Unidas e tem mostrado estar atento ao que pode contribuir para a paz, como fez ao manifestar o desejo de enviar tropas ao Haiti”, afirma Santos.

Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna