Um relatório da ONU divulgado nesta quinta-feira considerou que não há evidência para confirmar as alegações palestinas de que forças israelenses massacraram até 500 pessoas no campo de refugiados de Jenin, mas criticou os dois lados por colocarem em risco a vida de civis. O relatório acusou militantes palestinos de violar a lei internacional ao estocar armas e colocar combatentes entre civis no campo densamente povoado. Também acusa Israel de ter provocado o atraso na chegada da ajuda médica e humanitária aos palestinos e questionou a maciça destruição de casas e prédios no campo que deixou 17.000 pessoas desabrigadas. Israel elogiou o relatório por repudiar “falsa propaganda palestina” de que houvera um massacre. “Ele confirma o que sentíamos todo o tempo, que não houve massacre em Jenin”, disse o embaixador dos Estados Unidos, John Negroponte, o maior aliado de Israel. Os palestinos consideraram o relatório “um passo importante”. O relatório não usa a palavra “massacre”. O ministro do Planejamento palestino, Nabil Shaath, considerou o relatório “um importante passo”, apesar de que deveria ter sido elaborado por uma comissão. “Sei que ele não satisfaz a todos, mas ainda assim identifica o que ocorreu em Jenin como um crime de guerra e contra a humanidade e isso é muito importante”, disse. Já seu colega de gabinete Saeb Erekat questionou: “Quantos civis devem ser assassinados para se falar de massacre?” A palavra “massacre” aparece apenas uma vez no relatório – em relato de “sobreviventes do massacre no campo de refugiados de Jenin” apresentado pela missão jordaniana na ONU.
ONU diz que não houve massacre de palestinos em Jenin
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