Até o fim do ano, uma rede de 50 sensores remotos, instalados em estruturas do setor elétrico em todo o País, deverá proporcionar ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) uma capacidade maior para identificar a origem de blecautes e outras perturbações do sistema elétrico. Segundo o diretor de Operações, Carlos Ribeiro, uma das vantagens do sistema será a possibilidade de religação mais rápida da energia em caso de apagões originados em áreas distantes.
?Quando houve o blecaute em Bauru, demoramos um dia inteiro para sabermos que o problema foi lá?, comentou o diretor, referindo-se ao apagão ocorrido em março de 1999 e atribuído a um raio. Se na área houvesse o sistema que está sendo estruturado, a identificação seria imediata, explicou Ribeiro.
O primeiro lote de sensores, que terão custo de R$ 25 milhões, será o segundo passo da modernização do sistema de supervisão e operação do ONS. Após herdar o controle e a operação da Eletrobrás, em 1998, o ONS decidiu reestruturar os sistemas dos quatro centros regionais de controle: do Norte, do Nordeste, do Sul e do Sudeste/Centro-Oeste.
A principal vantagem dos novos sistemas de controle é que eles fornecem mais dados em tempo real aos técnicos e permitem a realização de simulações sobre a entrada ou retirada de equipamentos e redes do sistema elétrico.
