Na avaliação de Santos, a situação ficará ainda mais confortável após a introdução das pequenas usinas do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa), que não haviam sido consideradas no modelo do ONS. Segundo ele, os 3.300 MW de capacidade da energia alternativa devem representar cerca de 2.200 MW médios, que serão incorporados ao sistema a partir de 2006.
Além disso, o ONS está prevendo que haverá acréscimo de 9.000 MW de potência nos próximos quatro anos, o que garantirá a necessidade para os anos seguintes. “Essas são obras já contratadas, que estão em andamento e com cronogramas acompanhados pelo governo e estão dentro das previsões”, observou. Ele espera também que o governo faça os leilões de energia nova até o final do ano para a instalação de novas hidrelétricas. O diretor-geral do ONS defendeu a necessidade de investimentos especialmente em geração e destacou a necessidade de equacionar os problemas ambientais. “Está cada vez mais difícil a aprovação de projetos de transmissão e de geração. A sociedade terá de decidir quanto quer pagar para ter uma situação ambiental que não permita novas construções. Pode ser um custo muito elevado”, complementou.
Segundo Santos, tem havido grandes investimentos do setor privado em transmissão, mas o mesmo não ocorreu na geração. “O irônico é que as pessoas afirmavam que não haveria interesse do setor privado na transmissão e nós estamos vendo disputa nos leilões realizados”, afirmou.
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