O deputado Onix Lorenzoni (PFL-RS) pediu há pouco na CPI dos Correios, que o
Ministério Público decrete a prisão preventiva do empresário Marcos Valério
Fernandes, repetindo requerimento já feito anteriormente pelo deputado Gustavo
Fruet ( PMDB-PR). O deputado gaúcho justificou que a prisão preventiva seria
importante para impedir que o empresário destrua novas provas e para preservar a
sua vida que, segundo Onix, corre "severo risco". Ainda segundo o deputado, pelo
volume de recursos do esquema que foi montado nas contas de Marcos Valério, o
empresário "pode valer" mais silenciado do que vivo. Onix fez um apelo para que
isso seja decidido o mais breve possível e recebeu apoio do líder do PMDB no
Senado, Ney Suassuna, para quem outros dep oentes envolvidos na corrupção dos
correios tiveram a prisão decretada. "Mas o principal deles até hoje não foi.
Não entendo esses dois pesos e duas medidas", disse. A senadora Ideli Salvati
(PT-SC) acrescentou à proposta de Onix Lorenzoni o pedido de indisponibilidade
dos bens de Marcos Valério e de Renilda Santiago.
A senadora insistiu
que o mais importante e relevante neste momento do que tentar arrancar
informações de depoentes é debruçar sobre os documentos que estão na CPI. Ela
revelou que há for tes suspeitas de que um gerente de uma das agências do Banco
do Brasil de Minas Gerais seja irmão de Marcos Valério e denunciou que muitos
documentos que chegaram à CPI foram visivelmente adulterados antes do envio. Ela
quer que seja esclarecido, também, como as empresas de Marcos Valério operaram
em outros empréstimos, feitos anteriormente ao do PT.