Organizações não-governamentais (ONGs) e pacifistas de todo o mundo já começaram a reagir contra a iniciativa de oito países europeus em apoiar os Estados Unidos contra o regime de Saddam Hussein no Iraque. Hoje, as entidades convocaram um protesto nas principais capitais mundiais para o dia 15 de fevereiro para mostrar que a sociedade civil não está de acordo com uma guerra no Iraque.
O objetivo das Ongs será reunir mais de um milhão de pessoas por todo o mundo que possam dizer ?não? à guerra. As entidades ainda pretendem mostrar que, mesmo nos países que assinaram a declaração de apoio à guerra, a população não está legitimando seus governos.
Em Berna, capital da Suíça, cerca de cem entidades vão lembrar que a busca por petróleo não pode justificar mortes. Em Londres, a previsão é de que o primeiro-ministro, Tony Blair, seja o alvo dos protestos. Os ativistas vão tentar mostrar que o principal aliado dos Estados Unidos na Europa não conta com o apoio de sua população.
Uma das entidades que organizam o protesto, a United for Peace, alerta que os eventos ocorrerão também em Nova York e em São Francisco, nos Estados Unidos.
Em Lisboa, uma petição está sendo elaborada e já tem as assinaturas de Mário Soares, ex-chefe de Estado de Portugal, e do escritor José Saramago.
Hoje, assim que os governos da Espanha, Inglaterra, Portugal, Itália, Polônia, República Checa, Dinamarca e Hungria lançaram o comunicado de apoio à Casa Branca, Ongs iniciaram uma campanha pela Internet para convocar ativistas para as demonstrações de 15 de fevereiro.