ONG pede desbloqueio de praia em que Lula passa férias

O presidente da ONG Educa São Paulo, Devanir Amâncio, encaminhou hoje uma representação ao Ministério Público de São Paulo contra o aparato de segurança montado em algumas praias do Guarujá para garantir as férias de dez dias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Amâncio, a presença do presidente da República no Guarujá fez com que a Marinha bloqueasse vários dos acessos dos pescadores e estaria prejudicando suas atividades

"Pedi que o Ministério Público tomasse providências para acabar com o transtorno contra esses pescadores, que vivem disso e estão sendo prejudicados. E se preciso, para cancelar as férias do presidente", disse Amâncio. Ele disse ainda ter vindo até a praia colher assinaturas dos pescadores. "Fiquei decepcionado, eles ficaram com medo de represália e ninguém quis assinar", relatou. O presidente da ONG disse ter pedido também o ressarcimento aos pescadores, mas não soube estimar o prejuízo causado a eles nos últimos dias em função do bloqueio a algumas ilhas e parte de algumas praias em nome da segurança presidencial.

O promotor Roberto Pimentel, da Coordenação das Promotorias de Urbanismo e do Meio Ambiente, confirmou ter recebido representantes da ONG Educa São Paulo. Pimentel retransmitiu a denúncia de Amâncio ao Ministério Público no Guarujá, que deverá tomar as providências. A promotoria poderá realizar algumas diligências para verificar o que realmente está ocorrendo. Segundo o MP, o enfoque da eventual apuração é verificar a "questão da circulação das pessoas". O MP quer saber se está havendo bloqueio de acesso a bem público, no caso as praias.

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