A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, hoje, a criação de uma lista de 325 remédios genéricos reconhecidos como eficazes e essenciais para o tratamento de várias doenças. O objetivo é informar aos governos, pacientes e hospitais quais são os efeitos de cada remédio, os benefícios e de que forma podem ser adquiridos.
Segundo Hans Hogerzeil, do departamento de Medicamentos Essenciais e Políticas Farmacêuticas da OMS, o guia será útil em especial para os países em desenvolvimento, que muitas vezes não conseguem ter acesso às informações sobre remédios que não sejam promovidos pelas grandes multinacionais.
Na avaliação da OMS, a maioria dos remédios que integra a lista é amplamente reconhecido e com eficácia comprovada. Além disso, não estão sujeitos a patentes e, portanto, podem ser adquiridos de várias fontes e por preços bastante inferiores aos demais produtos no mercado.
O guia inclui uma ampla gama de remédios. A lista apresenta doze anti-retrovirais para o tratamento da aids e para o combate à malária.
A OMS também fornece uma lista de genéricos que são eficazes para tratar de alergias, problemas cardíacos, hepatite e estresse. O guia ainda conta com uma classificação de analgésicos, vitaminas, produtos imunológicos, anestésicos e antídotos contra venenos.
Apesar de serem usados há anos em muitas regiões do mundo, somente agora a OMS lança um guia dos genéricos. O motivo da demora é simples: a maioria dos países ricos pressionava a entidade a não apoiar o uso de remédios genéricos, já que poderiam afetar as vendas de suas empresas, que produzem e comercializam medicamentos patenteados.