Olericultura ganha força em Toledo

A Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento realizou um levantamento da produção olerícola do município de Toledo. As informações coletadas deverão servir de subsídio para ações da secretaria em 2007, de incentivo ao desenvolvimento da produção no município. A secretaria, que adquire a produção de alimentos através do Programa Compra Direta da Agricultura Familiar Local, pretende incentivar a ampliação da produção de verduras, legumes e hortaliças para atender a demanda, bem como organizar a produção para garantir o fornecimento regular de legumes e verduras no município.  

Hoje, boa parte do que é consumido em Toledo vem de outras cidades. Toledo conta com 25 olericultores cadastrados, os quais cultivam uma área total de 52,6 hectares. Do total de produtores, 13 são classificados como pequenos, 8 como médios e quatro como grandes. A grande maioria, somando 23 produtores, cultiva no sistema convencional, mas tem interesse em reduzir o uso de agroquímicos. Apenas dois cultivam com redução do uso de agroquímicos.

Nenhum dos produtores de hortaliças de Toledo é totalmente orgânico, embora entre eles seis manifestem interesse em adotar esse sistema de cultivo. Ao todo, 89 pessoas estão envolvidas diretamente na produção de olerícolas e, dos produtores, 18 são proprietários das áreas e 7 arrendatários.

 Ao todo são cultivados 34 tipos de culturas, incluindo diversos tipos de folhas, alho, abobrinha, berinjela, beterraba, cenoura, couve-flor, brócolis, melancia, melão, milho verde, mandioca, nabo, pepino, pimentão, repolho, tomate, chuchu, entre outros. Toledo, informa o secretário de Agricultura e Abastecimento, José Augusto de Souza, tem uma boa produção de folhas e temperos, mas carece de tomate, couve- flor e repolho, entre outros produtos, que têm uma procura muito grande. A produção de olerícolas é comercializada em supermercados locais, na feira do produtor e diretamente ao consumidor.

A maior reclamação dos produtores é com relação à venda para os supermercados pelo alto volume de devoluções e demora no pagamento. As vendas na feira e diretamente ao consumidor trazem melhores resultados, segundo avaliação dos produtores, que consideram a atividade boa (seis produtores), regular (16 produtores) e péssima (três produtores).

O levantamento, iniciado em novembro e concluído no início de dezembro do ano passado, segundo informou o técnico responsável Laudemir Faez, teve por objetivo levantar a real situação dos produtores e suas necessidades. O estudo permitiu constatar também a baixa assistência técnica aos produtores, a não-realização de análise de solo, o uso sem critério de calagem e adubação e um sistema de transição entre o uso de defensivos e bioorgânicos.

O levantamento mostrou dificuldades na comercialização, especialmente aos que fornecem aos supermercados, pela quantidade de devoluções e demora no pagamento, e a necessidade de aporte financeiro e apoio técnico-administrativo aos pequenos produtores para que eles consigam se manter na atividade. Com relação à qualidade dos produtos existe uma certa preocupação, porém sem levar em conta a apresentação dos produtos, o que interfere no interesse do consumidor.

Com base nas informações coletadas através do levantamento da realidade da olericultura em Toledo, o secretário de Agropecuária pretende reunir-se no próximo mês com os pequenos produtores para discutir formas de incentivo à atividade. Entre as iniciativas estão a continuidade do apoio em infra-estrutura para a implantação de hortas, com trator e canteiradeira, manutenção da assistência técnica e doação de esterco e calcário para a recuperação de áreas degradadas e com baixa produtividade. O fornecimento deverá ser feito baseado em análises de solo.

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