Óleo continua vazando de navio chileno no PR

Uma semana após a explosão do navio de bandeira chilena Vicuña, o vazamento de óleo ainda não foi contido. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os tanques de óleo bunker (combustível naval) colocados na parte traseira da embarcação tem fendas pelas quais o produto continua vazando. A constatação foi feita por mergulhadores holandeses que estão fazendo uma análise dos estragos, para preparar um plano para a retirada da embarcação.

O navio estava carregado com pouco mais de 1,1 milhão de litros de óleo e não é possível determinar quanto vazou para o mar. O óleo que estava na parte dianteira já foi retirado dos tanques. No momento do acidente, por volta das 19 horas do dia 15, o navio estava descarregando metanol no terminal da empresa Cattalini. Foram retirados 9 milhões de litros de metanol, mas outros 5 milhões vazaram ou pegaram fogo.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está aplicando multa de R$ 250 mil diariamente à Cattalini Terminais Marítimos, à Sociedad Naviedad Ultragas (proprietária da embarcação), à P&I (seguradora) e à Wilson Sons (responsável pela carga) em razão de não terem sido tomadas até agora todas as medidas capazes de conter o vazamento e a contaminação do meio ambiente.

Pesca

Enquanto isso, os pescadores estão proibidos de exercer as atividades. Eles estão se cadastrando para começar a receber cesta básica do governo do Estado e ajuda financeira de um salário mínimo mensal prometida pelo ministro da Secretaria da Pesca, José Fritsch. Os pescadores também estudam ações jurídicas de indenização.

Nos últimos quatro anos, esta é a terceira vez que eles se vêem proibidos de realizar as atividades em razão de poluição no litoral paranaense. A limpeza das praias está sendo feita por moradores.

Pelo menos 36 animais já foram vítimas do derramamento de óleo do navio. Eles foram encontrados mortos e encaminhados ao Ibama, que procederá necropsia em alguns. Outros sete animais estão em um contêiner, que funciona como um hospital para recuperação. Segundo a chefe do núcleo de Fauna do Ibama-PR, Cosette Xavier, os cinco biguás e dois jatobás chegaram bastante debilitados, mas já estão em processo de lavagem.

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