O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamotto, foi confirmado ontem à frente da instituição por mais dois anos. Okamotto foi alvo das investigações da CPI dos Bingos por ter assumido dívida de R$ 29 4 mil do presidente Lula com o PT em 2003 – supostamente referente a gastos que o partido teria tido com viagens pessoais de Lula, quando ainda ele era candidato – e não ter comprovado a origem do dinheiro.

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O presidente do Sebrae teria pago, também, uma dívida de campanha da filha de Lula, Lurian, de R$ 26 mil e doado R$ 24,8 mil à campanha de Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, para prefeito de São Bernardo (SP).

A CPI tentou quebrar o sigilo bancário, fiscal e telefônico de Okamotto, mas foi barrada em janeiro por uma liminar concedida pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim – hoje filiado ao PMDB.

Antigo amigo de Lula, Okamotto foi tesoureiro da campanha do PT à Presidência em 1989 e presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Lula tentou nomeá-lo para o cargo no Sebrae em dezembro de 2002, na transição, mas não conseguiu.

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